quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Ao Querido Professor 

 


Literatura de Cordel 


Esmeralda Costa



Com respeito e emoção,

Eu começo esta homenagem,

Ao mestre que nos conduz,

Na estrada da aprendizagem,

Que ensina com paciência,

Faz da vida uma viagem.


Professor é mensageiro,

Da luz que a mente clareia,

Faz do saber um jardim,

Que o tempo todo semeia,

Ele planta em cada aluno,

A fé que o mundo permeia.


Já desde o berço da história,

Seu ofício é nobre e santo,

Fez do giz a sua espada,

Da lousa um eterno manto,

E da escola fez morada,

Pra ensinar amor e encanto.


Com esforço e vocação,

Sustenta a sabedoria,

Lapidando alma e razão,

Com garra e com maestria,

É mestre e também artista,

No palco da academia.


Nem sempre é valorizado,

Mas nunca perde a esperança,

Segue firme na missão,

Cultivando a confiança,

Pois sabe que seu trabalho,

Constrói sonhos e bonança.


Ensina o valor da vida,

Da justiça e da verdade,

Mostra o peso da mentira,

E a força da liberdade,

Forma o ser para o futuro,

Com fé, com dignidade.


No suor do seu ofício,

Há renúncia e há paixão,

Cada aula é um pedaço,

Do seu nobre coração,

Que se doa inteiramente,

Sem buscar compensação.


Professor semeador,

De virtudes e bondade,

Que cultiva em cada aluno,

Uma flor de humanidade,

E faz do saber um rio,

Que leva paz e amizade.


Foi no século passado,

Que a data se originou,

Em terra Catarinense,

Um marco então se firmou,

Lei estadual primeira,

Que Antonieta criou.


Antonieta de Barros,

Mulher negra, destemida,

Professora e jornalista,

De coragem bem provida,

Fez da palavra um clarão,

Que iluminou nossa vida.


A primeira negra eleita,

Deputada no Brasil,

Ergueu a voz firme e doce,

Com saber forte e sutil,

Defendeu a educação,

Como valor tão varonil.


Mil novecentos e oito,

Santa Catarina então,

Projeto foi sancionado,

Com orgulho e gratidão,

E foi José Boabaid,

Que assinou de coração.


Assim no quinze de outubro,

O feito se consagrou,

E só quinze anos mais tarde,

Brasil inteiro abraçou,

Quando João Goulart, o chefe,

A lei federal firmou.


A data homenageou,

Forte decreto de outrora,

Quando o imperador criou,

Grandes escolas da aurora,

Foi em mil e oitocentos  

Vinte e sete sem demora.


Antonieta afirmava,

Com toda convicção:

Não há quem não reconheça,

Luz da civilização,

O inestimável serviço,

Do mestre na educação.



As palavras ecoaram,

Com força e sabedoria,

Fez-se eterna sua voz,

De luta e de poesia,

Que exaltou o professor,

Com verdade e ousadia.


Esse mestre é quem prepara

Para as demais profissões,

É dele que nasce o médico,

O juiz, os campeões,

Pois sem o dom de ensinar,

Não há realizações.


É farol que nunca apaga,

Mesmo em noite escurecida,

Transforma dor em lição,

E queda em nova subida,

É ponte que liga sonhos,

Ao porto da própria vida.


Com o livro e o caderno,

Faz revolução serena,

Vence o medo e a ignorância,

Com a palavra tão plena,

Que esse mundo só progride,

Por ter professor na cena.


No olhos de um estudante,

Tem traços do seu amor,

Cada sorriso que nasce,

Motiva o bom professor,

Que ensinou com paciência,

O sentido do valor.


Ser mestre é ser jardineiro,

De mentes em flor se abrindo,

É ver brotar no futuro,

O saber se expandindo,

E sentir no coração,

O tempo novo sorrindo.


Por isso, neste cordel,

Deixo singela homenagem,

Ao mestre de todo dia,

Que cumpre a nobre mensagem,

De transformar cada mente,

Num farol de aprendizagem.


Que o Brasil  o reconheça,

Com respeito e com amor,

Que o futuro desta pátria,

Depende do professor,

Que ensina e também liberta,

Com saber libertador.


E que Antonieta inspire,

Cada sala e coração,

Sua luta ecoa viva,

Na firme e eterna lição,

De que ensinar é plantar,

Esperança em cada ação.

Ao Querido Professor 

  Literatura de Cordel  Esmeralda Costa Com respeito e emoção, Eu começo esta homenagem, Ao mestre que nos conduz, Na estrada da aprendizage...