sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Poesia, Dom Divino em Meu Viver

 



Esmeralda Costa 


Poesia é dom divino,

Que nasceu pra iluminar,

É perfume de saudade,

É canção para escutar,

É ternura em cada verso,

Que convida para amar.


Ela chega de mansinho,

Feito brisa em calmaria,

E desperta no silêncio

Qual milagre de alegria,

Traduzindo o que é sentir,

Transformando em melodia.


Poesia, ar que respiro,

Ar que quero respirar,

Quando falo, me sustento,

Nela encontro o meu cantar,

Meu suspiro ganha vida,

Quando começo a rimar.


Poesia é voz da alma,

Sussurrando ao coração,

Tem doçura que consola,

Traz encanto e emoção,

É remédio para a dor,

Luz em meio à escuridão.


Nos caminhos da palavra,

Eu encontro companhia,

Cada verso é um abraço,

Que conforta e contagia,

É milagre disfarçado

De ternura e poesia.


Viajar por mil estradas,

Com desejo e confiança,

Descobrir novos caminhos,

Com verdades e esperança,

A poesia me conduz,

Nos caminhos da bonança.


É semente que germina

No terreno da emoção,

Brota fé, amor e vida

Dentro do meu coração,

E se espalha feito luz

Na mais pura inspiração.


Em palavras tão singelas,

Ela brilha e se revela,

É um dom que vem do céu,

É a luz mais pura e bela,

Traz conforto e fé na vida,

Feito rima, tão singela.


Poesia é alimento,

Fé, quietação e calor,

É caminho, é sentimento,

É saudade e é louvor,

Quem a sente dentro d’alma,

Sente o dom do Criador.


Assim sigo poetando,

Tudo que minh’alma atesta,

Cada verso é uma prece

Que no coração se gesta,

Pois quem vive a poesia,

Faz do amor intensa festa.


Poesia é chama viva,

Que ilumina o coração,

É abrigo do aflito,

É consolo e oração,

Tem sabor de eternidade,

E um toque de gratidão.


É ternura que desperta,

O olhar para o infinito,

É saudade que se acalma,

No silêncio mais bonito,

É a voz do pensamento,

Em seu tom manso e bendito.


É menina sonhadora,

Que no tempo vai brincar,

Colorindo a madrugada,

Com estrelas a brilhar,

Feito chuva que acarinha

Cada flor do meu lugar.


É a ponte entre dois mundos,

Realidade e ficção,

Une o sonho e a lembrança,

Na mais completa emoção,

É o eco da esperança

Que floresce em cada mão.


Poesia é força mansa,

Que nos faz acreditar,

Mesmo quando a dor insiste,

Ela vem nos acalmar,

E na lágrima caída,

Faz um verso cintilar.


No papel ou na lembrança,

Ela mora e faz morada,

Feito amor que não se cansa,

De chegar na madrugada,

E no peito de quem sente,

Nunca é voz abandonada.


É ternura que embala

O sonhar do coração,

É saudade que consola,

Quando vem a solidão,

É jardim que se refaz

Primavera da canção.


Poesia é sentimento

Que não cabe explicação,

É o sopro do divino

Transformado em criação,

É o toque da esperança

Caneta de inspiração.


Ela canta o que é belo,

Mas também o que é dor,

Faz da vida um enredo

De coragem e de amor,

E no verso deixa traço

De um eterno sonhador.


É a estrela que não morre,

Mesmo em noite tão escura,

É consolo do aflito,

É remédio, é doçura,

É farol que guia a alma

Pelos mares da ternura.


É saudade que sorri,

Mesmo em pranto e despedida,

É canção que não se apaga,

Mesmo após a voz contida,

Pois no peito do poeta

Nunca morre a própria vida.


Cada verso é um alento,

Cada rima é oração,

É a fé que se faz canto

Dentro do meu coração,

Pois quem nasce pra versar

Já carrega essa missão.


E assim sigo o meu caminho,

Entre sonhos e lembrança,

Com a pena e com o tempo,

Vou bordando a esperança,

Pois viver é poesia

Um poema de mudança.


Poesia é minha guia,

Minha estrada, meu luar,

É o vento que me inspira,

Quando quero descansar,

É abrigo e é refúgio,

Onde a alma vai morar.


Nela encontro o infinito,

O começo e o final,

É espelho do divino,

Com encanto universal,

É sorriso e é consolo,

Remédio espiritual.


É por ela que respiro,

Que levanto e que confio,

Mesmo quando o mundo é árido,

Ela é fonte, é o meu rio,

Que renova em cada verso

O meu sonho, o meu estio.


E se um dia o tempo ousar

Levar todo o meu sofrer,

Que me reste a poesia,

Pois com ela vou viver,

Entre rimas e esperanças,

Aprendendo a renascer.


E assim findo esta jornada,

Com ternura e emoção,

Agradeço ao Criador

Por me dar inspiração,

Pois quem vive a poesia,

Vive em plena comunhão.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Ao Querido Professor 

 


Literatura de Cordel 


Esmeralda Costa



Com respeito e emoção,

Eu começo esta homenagem,

Ao mestre que nos conduz,

Na estrada da aprendizagem,

Que ensina com paciência,

Faz da vida uma viagem.


Professor é mensageiro,

Da luz que a mente clareia,

Faz do saber um jardim,

Que o tempo todo semeia,

Ele planta em cada aluno,

A fé que o mundo permeia.


Já desde o berço da história,

Seu ofício é nobre e santo,

Fez do giz a sua espada,

Da lousa um eterno manto,

E da escola fez morada,

Pra ensinar amor e encanto.


Com esforço e vocação,

Sustenta a sabedoria,

Lapidando alma e razão,

Com garra e com maestria,

É mestre e também artista,

No palco da academia.


Nem sempre é valorizado,

Mas nunca perde a esperança,

Segue firme na missão,

Cultivando a confiança,

Pois sabe que seu trabalho,

Constrói sonhos e bonança.


Ensina o valor da vida,

Da justiça e da verdade,

Mostra o peso da mentira,

E a força da liberdade,

Forma o ser para o futuro,

Com fé, com dignidade.


No suor do seu ofício,

Há renúncia e há paixão,

Cada aula é um pedaço,

Do seu nobre coração,

Que se doa inteiramente,

Sem buscar compensação.


Professor semeador,

De virtudes e bondade,

Que cultiva em cada aluno,

Uma flor de humanidade,

E faz do saber um rio,

Que leva paz e amizade.


Foi no século passado,

Que a data se originou,

Em terra Catarinense,

Um marco então se firmou,

Lei estadual primeira,

Que Antonieta criou.


Antonieta de Barros,

Mulher negra, destemida,

Professora e jornalista,

De coragem bem provida,

Fez da palavra um clarão,

Que iluminou nossa vida.


A primeira negra eleita,

Deputada no Brasil,

Ergueu a voz firme e doce,

Com saber forte e sutil,

Defendeu a educação,

Como valor tão varonil.


Mil novecentos e oito,

Santa Catarina então,

Projeto foi sancionado,

Com orgulho e gratidão,

E foi José Boabaid,

Que assinou de coração.


Assim no quinze de outubro,

O feito se consagrou,

E só quinze anos mais tarde,

Brasil inteiro abraçou,

Quando João Goulart, o chefe,

A lei federal firmou.


A data homenageou,

Forte decreto de outrora,

Quando o imperador criou,

Grandes escolas da aurora,

Foi em mil e oitocentos  

Vinte e sete sem demora.


Antonieta afirmava,

Com toda convicção:

Não há quem não reconheça,

Luz da civilização,

O inestimável serviço,

Do mestre na educação.



As palavras ecoaram,

Com força e sabedoria,

Fez-se eterna sua voz,

De luta e de poesia,

Que exaltou o professor,

Com verdade e ousadia.


Esse mestre é quem prepara

Para as demais profissões,

É dele que nasce o médico,

O juiz, os campeões,

Pois sem o dom de ensinar,

Não há realizações.


É farol que nunca apaga,

Mesmo em noite escurecida,

Transforma dor em lição,

E queda em nova subida,

É ponte que liga sonhos,

Ao porto da própria vida.


Com o livro e o caderno,

Faz revolução serena,

Vence o medo e a ignorância,

Com a palavra tão plena,

Que esse mundo só progride,

Por ter professor na cena.


No olhos de um estudante,

Tem traços do seu amor,

Cada sorriso que nasce,

Motiva o bom professor,

Que ensinou com paciência,

O sentido do valor.


Ser mestre é ser jardineiro,

De mentes em flor se abrindo,

É ver brotar no futuro,

O saber se expandindo,

E sentir no coração,

O tempo novo sorrindo.


Por isso, neste cordel,

Deixo singela homenagem,

Ao mestre de todo dia,

Que cumpre a nobre mensagem,

De transformar cada mente,

Num farol de aprendizagem.


Que o Brasil  o reconheça,

Com respeito e com amor,

Que o futuro desta pátria,

Depende do professor,

Que ensina e também liberta,

Com saber libertador.


E que Antonieta inspire,

Cada sala e coração,

Sua luta ecoa viva,

Na firme e eterna lição,

De que ensinar é plantar,

Esperança em cada ação.

Poesia, Dom Divino em Meu Viver

  Esmeralda Costa  Poesia é dom divino, Que nasceu pra iluminar, É perfume de saudade, É canção para escutar, É ternura em cada verso, Que c...