sábado, 21 de junho de 2025

Antonio Marcos Bandeira Mestre da Alegria, da Poesia e da Cultura Popular

 




Literatura de cordel

Esmeralda Costa 


Mestre na sala de aula

Foi na arte grande farol

Professor de mil talentos

Com poesia e com rol

De saberes populares

Passou por muitos lugares

Encantou feito arrebol.


Ao lado da sua amada

Lourdinha, parceira e flor

Juntos fizeram caminhos

De cultura e de amor

Antologias em mão

Revelando a união

Em versos de muito ardor.


Na feira e na Bienal

De palhaço ele surgiu

Entre risos e poemas

Com ternura ele sorriu

Nas escolas, no teatro

Fez do riso um grande trato

E o povo todo aplaudiu.


No jornal Vida Brasil

Sua voz atravessou

Do Ceará para o mundo

O seu legado ecoou

Na Suíça fez morada

A cultura tão amada

Que ao cordel tanto honrou.


Com Patativa no peito

Fez da luta uma missão

Do Jangurussú cantou

Com denúncia e emoção

Artista batalhador

Deu sua voz, seu amor

Com toda dedicação.


Foi palhaço, foi amigo

Sempre soube acolher

Fez do riso resistência

Do sofrer, um renascer

Na poesia, um alento

Transformou o sofrimento

Em motivo pra viver.


No Congresso e na Feira

Seu talento reluziu

Entre autores e leitores

Com coragem, ele riu

Fez da cena um manifesto

Do sorriso, mais modesto

De quem nunca desistiu.


Foi na sua amada terra

Que ouviu o trabalhador

Catadores, toda gente

De um destino sofredor

Deu ao povo uma esperança

Com a força da lembrança

E com versos de valor.


Foi bandeira levantada

Pra cultura e pro saber

Levou livros, fez encontros

Ensinando a florescer

Cada sonho reprimido

Cada rima com sentido

Pra quem quisesse aprender.


Quem com ele conviveu

Sabe bem o que é paixão

Por um livro, uma criança

Ou pela arte em profissão

Com seu jeito tão humano

Deixou rastro soberano

De ternura e gratidão.


Desde cedo foi assim

Menino de olhar atento

Brincadeira e poesia

Misturando o sentimento

No quintal, versos nasciam

E as palavras se uniam

Feito riso e pensamento.


Na ACLC guerreiro

Sempre pronto pra lutar

Defendendo o cordelista

E o direito de sonhar

Com colegas, com irmãos

Teceu laços, deu às mãos 

Fez do verso o seu lugar. 


Aos poetas mais recentes

Deu espaço e proteção

A sua mão estendeu

Fez convite e inclusão

Cada jovem que chegava

Com ternura ele abraçava

Feito um mestre na missão.


Com Abelardo e amigos

Hoje habita outro lugar

Mas aqui ficou a herança

Da cultura popular

No sarau e na calçada

Sua história é celebrada

Feito luz a cintilar.


A sua ausência é saudade

Mas também inspiração

Pois Bandeira, com seu riso

Transformou cada estação

No festivo  mês de junho

O cordel dá testemunho 

E lhe rende exaltação.


Hoje a classe dos poetas

Se reúne em oração

Cada um com sua pena

Derramando a emoção

Nos cordéis e nas memórias

Vão ficando suas glórias

Seu legado e paixão.


Lá no céu, entre os amigos

Tem festa e tem poesia

De palhaço e de poeta

Com risada que irradia

Ao lado de Patativa

A voz permanece viva

Ecoando em melodia.


Nas escolas e nas feiras

Nas praças, no coração

Marcos segue em cada verso

Em cada declamação

Na criança que sorria

Na plateia que aplaudia

Fica a sua devoção.


Sua Lurdinha querida

Sabe o bem que ele lhe fez

Foi parceiro, foi amparo

Foi sorriso e altivez

E  mesmo ele estando ausente

Viverá eternamente

Em cada rima outra vez.


Por isso, a nossa bandeira

De saudade vai tremendo

No alto da poesia

Seu nome vai florescendo

Pois poeta verdadeiro

Não se apaga, é mensageiro

De um amor que vai crescendo.


Nos encontros literários

Sua voz sempre ecoou

Na ciranda dos poetas

Com firmeza ele ficou

Foi sorriso, foi alento

Foi palavra, foi talento

Que a cultura levantou.


Cada história que contava

Tinha um traço de ternura

Se era riso, era profundo

Se era dor, era bravura

Transformou seu dia a dia

Em versos com harmonia

Em defesa da cultura.


Desde a infância esse menino

Quis o mundo a colorir

Com papel, com poesia

Começou a construir

Esse dom de ser artista

Humanista e cordelista 

Ensinando a repartir.


Nas ruas de Fortaleza

Fez amigos, fez canções

Distribuiu alegria

Nos encontros, reuniões

Fez do abraço uma ponte

De esperança um horizonte

Conquistando corações.


O palhaço que vestia

Era mais que figurino

Era um gesto de cuidado

Ao adulto e ao menino

E por trás da maquiagem

Tinha amor, tinha coragem

De enfrentar qualquer destino.


Cadeira número seis

Deixou marcas de valor

Com o nome de Bandeira

E com o brilho do amor

Seu patrono lá no céu

Já foi tirando o chapéu 

Pra acolher seu seguidor.


A cultura brasileira 

Foi seu norte, seu lugar

Resgatando tradições

Que o tempo quis apagar

E deu voz aos esquecidos

Deu espaço aos excluídos

Fez do povo o seu cantar.


Em cada manhãs de sol

Também nas tardes de inverno

Seu olhar tinha um brilho

De ternura tão eterno

Quem ouviu sua poesia

Leva a doce companhia

De um legado tão fraterno. 


Lá nas feiras e nos palcos

Onde o riso florescia

Marcos foi aquele mestre

Que o povo todo queria

Com seu jeito tão singelo

Fez do mundo um grande elo

De cultura e de alegria.


A palavra em sua boca

Era fonte de bonança

Quando via um coração

Sofrendo sem confiança

Ele vinha com sorriso

Com um verso tão preciso

Reforçando a esperança.


Na memória dos amigos

Seu afeto vai morar

Cada um leva um pedaço

Do que ele soube doar

Foi presença iluminada

Foi partida inesperada

Que no Céu foi habitar.


E assim o nome Bandeira

Segue firme a tremular

Em estrofes, em projetos

Que ele soube alimentar

Na ACLC, nas calçadas

Nas escolas, nas jornadas

Seu legado vai ficar.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Feira Livre em Campos Sales

  


Autora: Esmeralda Costa 





A feira de Campos Sales 

Destaque na região 

Tem muita atratividade 

É convite pro povão

Seja comprando ou vendendo 

Faz a festa o cidadão.


Era na segunda feira 

Seu dia particular 

Mas hoje, todos os dias

Podemos observar 

Tem nas bancas dos feirantes 

Tudo que se imaginar. 


Ainda existe o grande dia

A nossa segunda feira 

É dia de reencontros

Da gente conversadeira

Promovem altas risadas

Diversão é de primeira. 


Nossa feira é patrimônio 

É riqueza cultural 

Aqui se vende de tudo 

Mercadoria em geral

Nas bancas se podem ver

O artesanato local. 


A sua atratividade 

Atrai toda região 

De Piauí e Pernambuco 

Vem feirantes de montão 

Trazendo mercadorias

Chega muito caminhão. 


A feira se fortalece

Vai crescendo cada dia

Vínculos comerciais

Se reforçam na alegria 

Vendedor e comprador 

Pra toda mercadoria. 


Feira bem organizada 

Que chama nossa atenção 

Tem a feira da farinha 

Da fruta e também feijão 

Mas é a feira da troca

A alegria do povão. 


Tem gente que vai a feira

Apenas por diversão 

Mas tem quem vai procurar 

Suprir uma precisão 

Seja comprando verduras

Carne e também macarrão. 


Nossa feira tem aqueles 

Que vão apenas olhar

Observam movimento 

Mesmo sem querer comprar 

Mas também tem muita gente 

Procurando pechinchar. 


Freguês e comerciante

Nutrem boa relação 

Isso reforça os laços 

E sustenta a tradição 

De comprar sempre na banca

De quem sabe ser irmão. 


Quem na feira nunca foi

Procurar uma amizade 

Estreitando grandes laços 

De muita afetividade 

Ou rever sua paixão 

Pra matar toda saudade. 


Há quem vá toda semana

Feito um cliente fiel

Tomar um caldo de cana

Ou comer um bom pastel

Pra cumprir a tradição 

E provar da feira o mel. 


Todos nós temos história

E guardamos na lembrança 

Um dia de feira livre

Quando a gente era criança 

Nos compravam picolés

Nos enchiam de esperança. 


Nossa feira é democrática 

Tem grandes comerciantes

Mas também estão presentes 

Nossos pequenos feirantes

Tem muitos transportadores

E também os ambulantes. 


A feira é valorizada

Tem divulgação aqui

Quem faz toda cobertura 

É o nosso amigo Ely

Que nos traz informação 

No Portal do Cariri. 


As frutas e as verduras

Produtos especiais 

Encontramos nessa feira 

Os produtos naturais

Tem homens que vêm de longe

Pra vender seus animais. 


Pense numa feira grande 

Que envolve toda cidade 

Pelo centro e pelos bairros 

Tem muita felicidade 

O povo que negocia

Cria laços de amizade. 


Pra refrescar o calor

Sorvete ou suco gelado

E para matar a fome

Tem bolo doce e salgado 

Rapadura e o bom café 

Nessa feira é encontrado. 


Feira livre em Campos Sales 

Tem tudo que procurar

Desde roupas a calçados

Para quem queira comprar 

Cinto, relógio e chapéu 

Acessórios para usar.


Uma das melhores feiras 

De toda essa região 

Tem couro em artesanato 

Pra uso e decoração 

Carteiras, bolsas, sandálias

Perneiras, também gibão. 


O chapéu de couro tem

Pro vaqueiro nordestino

E um feirante esperançoso 

Que não teme um desatino

E intercede a Deus do Céu 

Pra cuidar do seu destino. 


Pro amigo agricultor

Tem foice e também enxada

E tem sempre algum bazar

Com precinho camarada

Onde vendem uns brinquedos 

Também vendem roupa usada. 


É do povo e para o povo

A feira deste lugar

Onde novos e usados

Nós podemos encontrar

Muitas coisas coloridas

Para a gente apreciar. 


Tem muita coisa bonita 

Que faz gosto até de ver

Vendedor num grita e chama

Animado pra vender

Quem não conhece esta feira 

Chegue cá pra conhecer. 





sábado, 19 de abril de 2025

 O Silêncio do Sábado Santo e a Vitória do Rei Adormecido


Inspirado em antigo sermão do Sábado de Aleluia



Literatura de Cordel 


Pedro Sampaio e Esmeralda Costa 


Um silêncio tão profundo

Reina em toda criação,

Porque dorme o Rei do mundo

Após dura provação.

Morreu Deus em corpo humano

Pra nos dar a salvação.


Toda a terra estremeceu

Com tristeza e solidão,

O Filho do nosso Deus

Desceu à escuridão.

Adormeceu no sepulcro

Para acordar cada irmão.


Foi buscar Adão cativo,

Nossa ovelha desgarrada,

Que entre sombras, sem alívio,

Jazia ali sem mais nada.

Foi levar a luz divina

A quem jaz na madrugada.


Ele entrou com cruz na mão,

Arma tão vitoriosa,

Trouxe vida e redenção

Sua entrada gloriosa.

Adão, vendo tal presença,

Disse: — "É luz tão poderosa!"


Cristo então lhe respondeu

Com ternura e com ardor:

— "Eu estou contigo, és meu

E te dou novo esplendor.

Levanta, meu filho amado,

Sou teu Deus e Salvador".


Sou Filho de Deus Amor

Foi por ti que me entreguei.

Erguei-vos, ó pecadores,

Que aos mortos despertarei.

Saí das sombras da morte,

Pois a vida vos darei!"


"Obra de minhas mãos, vem!

Foste à minha semelhança,

Eu jamais te fiz refém

Da morte e desesperança.

Minha imagem te criei

Renova a tua esperança!"


"Fui por ti crucificado,

Sem nenhuma compaixão,

Por ti eu fui açoitado,

Recebi condenação.

Toda dor eu suportei,

Pra te dar ressurreição."


"Veja as marcas que carrego

Em cada mão estendida.

Pelas minhas santas chagas

Recebeste nova vida.

O meu corpo foi ferido

Pra curar tua ferida."


"Quem morreu na cruz fui eu

Pra acordar teu coração.

Nasceu do meu lado aberto

A tua libertação,

Foi o Pai que me enviou,

Para tua redenção. 


"Levanta, filho bendito,

Sai do cárcere de dor,

No Céu minha Mãe te espera

Pro banquete do Senhor.

E os anjos também esperam

Com louvor e com amor."


"O inimigo te expulsou

Do jardim e da beleza,

Mas eu já te preparei

O trono da realeza.

No lugar da árvore antiga,

Dou-te o fruto da firmeza."


"O Céu está preparado,

Todo festim já foi posto,

O banquete já te espera

Com alegria e bom gosto.

Desde toda eternidade

Este Reino é o teu posto."


:"Já não há mais véu no templo,

Nem silêncio sem razão.

Sou do amor o bem maior

Te estendendo a redenção.

Vem comigo e não temais,

Tens em mim libertação."


"Teus pecados carreguei,

O teu fardo eu assumi,

Por ti me entreguei na cruz,

E a cruel morte venci.

Hoje, da mansão sombria,

Para a luz te conduzí."


"Chamei Eva com carinho,

Dei-lhe veste e novo lar,

Sou caminho, sou Verdade

E Vida pra transformar.

O jardim agora é Céu,

Onde vão comigo estar."


"O que antes já foi perdido,

Hoje é graça a transbordar.

Se antes estava ofuscado,

Vive em eterno brilhar.

Pois a morte já morreu

E a vida veio reinar."


"Minha cruz foi tua ponte

Para aos Céus, então  chegar,

Eu subi o último monte

Pra contigo me encontrar.

Tua dor é minha dor,

Mas vim pra te libertar."


"A tua alma se encontrava

Sem consolo ou direção,

Hoje em mim ela se encontra

E recebe compaixão.

Sou o Deus que te procura,

Sou tua ressurreição.”


"Não vim para te julgar,

Nem cobrar tua fraqueza,

Mas tornar santificado

Teu caminho, com leveza.

E vencendo até a morte,

Conduzo pra realeza."


"Todos os que se encontravam,

Nos sepulcros esquecidos ,

Recebidos foram logo,

Por meu gesto, comovidos.

Abatidos levantei,

Eu reanimei feridos."


"A prisão foi derrubada,

Caiu por terra o portão.

A alma que estava abatida

Sentiu nova pulsação.

Porque Eu sou a Passagem

Para a eterna salvação."


"Rompí  as cadeias velhas

Que mantinham oprimido.

Soprei vida nas centelhas

De um amor nunca vencido.

Meu espírito te envolve,

Te conduz e dá abrigo."


Hoje a cruz já não é dor,

É sinal de eterno bem.

O Senhor venceu a morte,

Trazendo a paz que convém

Ao que busca nova vida,

Com amor e fé também.


Na alvorada que se avista,

Raiará libertação.

Sâo nutridos de esperança

Corações em oração.

Pois a morte é só um passo

Para entrar na redenção.


Ergue a fronte, ó criatura,

Filho amado do Senhor!

Já não há mais noite escura,

Nem lugar para o temor.

O sepulcro está vazio,

Ressurgiu o Salvador!


Ressurgiu para elevar

Ao destino sem igual.

Fez da cruz ponte e estandarte

Do milagre universal.

Da derrota fez vitória,

Da vergonha, um bem real.


Hoje o céu canta alegria,

E a terra vai festejar.

Pois chegou a luz do dia

Que vem tudo transformar.

Jesus Cristo, Rei da vida,

Veio o mundo resgatar!


Nosso cordel seja canto

De amor e gratidão.

Pra quem crê em Jesus Cristo 

Com ternura e devoção,

Pois o Rei ressuscitado

Mora em nosso coração!






quinta-feira, 27 de março de 2025

Super Mhario Lincoln




O Super Herói do Universo Cultural 


Literatura de Cordel 


Esmeralda Costa 


Nasceu foi em São Luís, 

Nesse meu Nordeste amado,

O filho de Flor de Lys,

Mhario Lincoln, é chamado.

É poeta e escritor

Jornalista e advogado.


No Maranhão, terra linda,

Lindo foi o seu nascer,

Alegrou a super mãe,

Seu talento a florescer.

Fez da escrita sua estrela,

Da palavra o seu poder.


Em direito e jornalismo,

Exerceu a profissão,

Na notícia e na justiça,

Mostrou voz e a paixão.

E nas linhas que ele escreve,

Mostra muita precisão.


Com arte tão magistral,

Construiu forte legado,

Poesia e prosa rica,

Cada livro celebrado.

Na cultura e na história,

Seu nome é eternizado.


Fundador da Academia,

Poética brasileira,

Ela é espaço de saber,

Poesia verdadeira.

Onde o verso é fortaleza,

E a arte se faz inteira.


Lá no Facetubes brilha,

Com saber e informação,

Fez da tela um horizonte,

Para comunicação.

Plataforma de cultura,

Encantando a multidão.


Poesia é fascinante,

Seu ofício é um primor,

Com "Vampiros de Areia"

Mostrou que é grande autor.

Sua mente visionária,

Faz da arte um esplendor.


Pelo mundo vai além,

Com a paz no coração,

Um embaixador honrado,

Nobre condecoração.

Na terra paranaense,

Segue firme na missão.


Muitas obras importantes 

Trazem a sua autoria

Em Direito e em Romance

Jornalismo e Poesia

Encontramos uma fonte 

De saber e de magia.


Com "INA - A Violação",

Foi um marco sem igual,

Que mostrou ao mundo inteiro,

O naufrágio colossal.

Foram muitos exemplares,

Com valor transcendental.


Músico e compositor,

Nos acordes deu seu tom,

Sua arte faz ecoar,

Com um precioso som

Seja em papel ou em notas,

Cada obra é grande dom.


Super Mhario é gigante,

Tem bravura em seu olhar,

Onde chega deixa marcas,

Faz cultura prosperar.

O seu nome na história,

Chegou foi para ficar!


Com capa de poesia

E espada de inspiração,

Mhario surge destemido,

Seu guia é seu coração,

Erguendo versos ao alto,

Sendo luz na escuridão.


Nos becos da ignorância,

Onde o medo quer reinar,

Ele lança seu saber,

Feito estrela a cintilar,

E escrevendo cada página

Ensina o mundo a sonhar.


Convido a conhecer "A 

Bula dos Sete Pecados"

Uma obra bem escrita,

Com poemas bem traçados,

Memórias, dores, amores,

Nela são entrelaçados.


E no reino do macabro,

Onde sombras vão surgir,

O livro "Escrito com Sangue"

Faz o medo se expandir,

Mistério e terror profundo,

Para o leitor consumir.


Nos mostrando cores vivas

E um convite pra pintar,

Os seus"Segredos Poéticos",

Mhario vem nos revelar

Com palavras tão suaves

Que nossa alma vêm tocar.


Herói dos tempos modernos

Que incentiva multidões,

Poetas, jovens e velhos,

Seguindo suas missões,

Lutam com versos e rimas,

Espalhando informações.


Assim segue Mhario Lincoln,

Com bravura e destemor,

Espalha a literatura

Com justiça e com amor,

Um herói dos novos tempos,

Nosso mestre, sonhador!


O seu caminho é de luz,

De conquistas e saber,

Cada verso, é uma herança,

Para o mundo enriquecer.

Quem conhece sua história,

Jamais irá esquecer.


Com sua mente brilhante,

Construiu sua nação,

Faz da arte sua espada,

E da paz sua missão.

É um mestre da palavra,

Gênio em comunicação.


Muitas são as honrarias,

Pois grande é o seu valor,

Um embaixador da Paz,

De respeito e esplendor.

Com justiça e com verdade,

É um grande sonhador.


Leva sempre sua terra,

Seu amado Maranhão,

Na cultura, na memória,

Dentro do seu coração.

São Luís lhe deu raízes,

Carregadas de emoção.


Assim segue Mhario Lincoln,

Com seu brilho sem igual,

Um poeta visionário,

Farol intelectual.

O seu legado infinito,

Também é universal!


Foi no dia vinte e sete,

De março que ele nasceu,

E com bênção lá do alto,

Seu destino recebeu.

Hoje aos setenta e um anos,

O seu brilho só cresceu.


Sete décadas de história,

De coragem, valentia,

Entre livros e batalhas,

Com trabalho e maestria.

Cada ano uma conquista,

Cada passo, poesia.


Hoje é sim dia de festa,

De aplausos e de emoção,

Para saudar Mhario Lincoln,

Com amor no coração.

Pois um gênio como este,

Merece exaltação!


E que venham muitos anos,

Com saúde e alegria,

Que sua pena jamais pare,

De escrever com maestria.

Pois um homem feito Mhario,

Eterno é na poesia!

domingo, 23 de março de 2025

Vila da Música - Um Sonho em Canção 

 Literatura de Cordel 

Esmeralda Costa 



https://youtu.be/Cr_6MKL74HM?si=8WNUhSAv6oWDAvx4


No pé da Serra encantada,

No meu amado Sertão, 

Nasceu um templo da Arte,

Precioso de montão. 

Falo da Vila da Música,

Feita de fé e canção.


Monsenhor Ágio, o vigário, 

Homem simples, dedicado,

Que plantou com mão bondosa,

Um futuro arretado.

No Belmonte semeou,

Um legado abençoado.


Com sanfona e violino,  

Com piano e violão,

Ensinava o manuseio,

E a tocar bela canção. 

Seu gesto tocava a alma,

E alegrava o coração.


A sua dedicação,

Fez a Vila florescer,

No compasso do carinho,

Ensinou a bem viver.

Quem ouviu seu canto doce, 

Jamais consegue esquecer.


Foi no dia onze de março,

Ano dois mil dezessete,

O sonho virou verdade,

Numa história que promete.

No Crato em Belmonte,

A esperança então reflete.


Padre Ágio em sua lida,

Regou sua plantação.

No toque dos instrumentos,

Fez soar cada lição,

E deu a Vila raíz,

Do ensino e da inclusão.


Criança, jovem, adulto,

Na Vila se pode ver,

Lá estudam os acordes,

Valorizando o aprender,

Alimentando a esperança 

E o seu sonho de vencer.


Popular ou erudita,

Erudita e popular,

Nos palcos nas oficinas,

A música vem brilhar,

E a vida de muita gente,

Ela sabe transformar.


Padre Ágio Augusto Moreira,

Foi seu grande fundador.

Equipamento do Estado,

Pioneiro e promissor.

Cultura no Cariri,

Tem equipe de valor.


Tem a Lucinha Rodrigues,

Na gestão executiva,

Também o Mano Grangeiro,

Na área administrativa.

E tem Maria Carvalho,

Coordenando a formativa.


Conta com Élvis Nazário,

Coordenando a pedagógica,

Vinícius, supervisando.

E na programação lógica,

Mônica Vitoriano,

Numa linha dialógica.


Coordenando as pesquisas,

Patrimônio cultural,

Já vem Verlucia Nogueira,

Com sua arte magistral,

Valorizando a cultura,

Que é tesouro nacional.


Indja, Renata e Rose,

Na área comunicativa.

E tem Lenilda Cabral,

Secretaria tão altiva.

Ana Maria e Taylanne,

Parte administrativa.


Tem recepcionista,

Graça Pereira ela é.

Compondo a zeladora,

Uma tríade de fé

Luciana e Francisco,

Com Raimundo, boa-fé.


Vigilância a Vila tem,

José Roberto e Fernando,

Essa dupla boa gente,

Vem só grupo auxiliando.

Também tem muitos docentes,

Na música ministrando.


Galdino, Isaac, Marcelo,

Marisa e Paulo Diniz,

Fábio e Juarez Monteiro,

Seguem essa diretriz,

Pada divulgar a música,

E fazer gente feliz.


Junto vem Thomas Ravelly,

E o Pedro Paulo também,

E com Nielson Medeiros,

Wesley Santana vem,

Para completar o time,

Leonel Frazão também.


Em dois mil e dezessete,

Começou a caminhada.

Hoje dois mil vinte e cinco,

Oito anos de jornada,

Levando em frente a missão 

Da Vila que foi fundada.


Cento e um anos o Padre,

Fundador aqui viveu,

Plantando paz e esperança,

Essa Vila floresceu,

E nos acordes da arte,

O amor, então nasceu.


Amor que enxerga o outro,

Em espírito e verdade,

Ensinando a sua arte,

Com toda veracidade,

Partilhando os seus dons,

Junto com sua humildade.


O padre Ágio foi embora,

Lá no Céu já foi morar,

Mas deixou pra nossa gente,

A esperança de sonhar,

Seu legado é um farol,

Que jamais vai apagar.


Sua memória está viva,

E o seu sonho há de crescer:

Cultura e cidadania,

Pra todo mundo aprender.

No Cariri essa força,

Alegra nosso viver.


Hoje a Vila está em festa,

Tem lançamento e Canção,

Tem livro e tem poesia,

Cultura do nosso chão,

E aqui eu trago cordel,

Que é riqueza e tradição.


Aqui ninguém fica só,

Tem ensino de verdade,

Pra quem quiser aprender,

Com amor e liberdade,

Um canto só de união,

De sonho e fraternidade.






sábado, 25 de janeiro de 2025

Mestre Lucas Evangelista

 


Autora: Esmeralda Costa 






No sertão de Crateús,

Onde o sol é caloroso,

Nasceu Lucas, violeiro,

De talento grandioso,

Foi poeta e cordelista,

Um artista primoroso.


Desde a infância ele encontrou

Nos cordeis inspiração,

Com seus pais sempre cantando

Os versos da tradição,

Assim ele criou bases

Pra sua grande missão.


Na capital Fortaleza,

Bem na Praça dos Leões,

Com folhetos, violão

Mostrou suas emoções.

Ali ganhou seu espaço,

Cantando belas canções.


E com Pedro seu irmão 

Também grande repentista,

Viajando pelo estado,

Encantando como artista 

Do interior aos estados

Ele foi  protagonista.


Publicou muitos “romances”,

Com cada história tão rica,

E centenas de folhetos

Em sua carreira fica,

Fez da vida o seu cordel

Uma canção que edifica.


Gravou muitas melodias,

Com poemas do sertão,

Discos, fitas e CDs

Levou com dedicação,

Imortalizando a arte

Fincada no coração.


Seus versos foram cantados

Por muitos que ele deu voz,

Com Frank e também Mastruz,

Ressoar foi bem feroz.

De Calango a Asa Branca,

Sua arte foi porta voz..


Luzeiro grande editora

Sua obra publicou,

Pelos cantos do Brasil

O seu verso ecoou.

Levando histórias ao povo

Sua glória se firmou.


E foi com Luzia Dias,

Violeira de talento,

Tocando várias canções,

Para o público atento,

Ouvia a voz encantada

Levando seu puro alento.


Foi artista popular,

Com cultura enraizada,

Do cordel e do repente,

A mente tão inspirada,

Elevando a nossa arte,

Para a história consagrada.


A música e poesia

Tinham todo o seu valor,

Com rimas elaboradas

Cantava sempre o amor,

Das festas às romarias,

Era vida em seu labor.


Dos folhetos lá nas feiras

À viola no terreiro,

Lucas fez da sua voz

Um legado verdadeiro,

Mostrou ao mundo o valor

De um humilde violeiro.


E não tinha uma praça

Que ele não tivesse ido,

Com seu irmão ou sozinho,

O verso nunca perdido.

Era mestre da cultura,

Sempre muito bem querido.


Nos seus temas abordava

O que o povo mais vivia,

Seja amores ou tristezas,

Com genial poesia.

Seu cordel era um espelho,

Uma bela melodia.


No improviso, repentista,

Era mestre do repente.

Inventava ali na hora

Palavras que fazem gente

Chorar ou também sorrir

Com emoção bem presente.


De Crateús ao Brasil,

Levou sempre sua essência,

Respeitado por artistas

Por sua forte influência.

Com palavras inspirou

O valor da existência.


Seu nome ecoa distante,

Onde o folheto passar,

Nas fitas, discos, CDs,

Sua obra vai brilhar.

Pois Lucas sempre viveu,

Pra cultura eternizar.


Um poeta bem gigante,

Da cultura nacional,

Que nasceu no meu Nordeste,

De raiz tradicional.

Cantou com força e beleza,

Com talento sem igual.


No sertão sua memória

Sempre viva vai estar,

Na poesia dos mestres,

Nas canções de emocionar.

Lucas é arte sublime,

Que Deus quis eternizar.


É Lucas Evangelista,

Um farol pra geração.

Deixou seu legado vivo

Na poesia do sertão.

Seu nome será lembrado

Como a voz da tradição.


Hoje é dia de saudade,

Um grande luto ficou,

De Lucas Evangelista,

O mestre que tanto honrou,

Partiu para eternidade,

Mas sua arte aqui fincou.


Um dos últimos gigantes,

De uma geração de ouro,

Que cuidou do nosso verso

Qual precioso tesouro,

Partiu deixando um legado,.

Valioso e duradouro.


Com Paulo Nunes Batista,

E Manuel D'Almeida Filho,

Dividiu a poesia,

Foi exemplo e grande brilho,

Lá na editora Luzeiro,

Onde firme foi seu trilho.


Com Minelvino Francisco,

Manoel Pereira também,

Formou a escola dourada

Que o cordel ainda tem.

Hoje perdemos mais um,

Temos coração refém.


Foi com Rodolfo Coelho,

Nem melhor e nem pior

Com Caetano Cosme, gênios

Que fizeram seu melhor.

Lucas seguiu para a pátria

Onde o verso é bem maior.


Joaquim Batista de Sena,

Francisco Sales, a lenda

Tantos nomes imortais

Nessa geração ascenda.

Lucas hoje reencontra

Na luz que a todos acenda.


Era o último dos mestres,

Dessa era tão gloriosa,

Deixou um vazio imenso

Na terra tão preciosa.

O cordel hoje lamenta

A perda tão dolorosa.


Seu repente silenciou,

Mas só no mundo mortal,

Pois no céu, com sua lira,

Versa seu canto imortal.

Deixa aqui o seu legado,

Patrimônio cultural.


Hoje chora o Ceará,

A cultura nordestina,

É saudade em Fortaleza,

Na praça, tão peregrina,

Onde Lucas declamava,

Com presença tão divina.


O sertão está mais triste,

Cordel perdeu uma voz.

Nosso Evangelista parte,

Deixando um brilho feroz.

O seu nome segue eterno

Ecoa qual porta voz.


Nos folhetos espalhados,

De cordeis pelo sertão,

Sua memória perdura

No verso, na inspiração.

Lucas vive nas palavras,

Na alma e no coração.


Mas se hoje o Nordeste chora,

É porque sabe o valor

De quem lutou pela arte,

E fez dela um esplendor.

Vá em paz, Lucas querido,

Nosso eterno trovador.



sábado, 12 de outubro de 2024

CORDEL SOBRE O CERRADO

Autor: Olegário Alfredo (Mestre Gaio) 



Vou falar sobre o cerrado

Como forma de oração

O cerrado sempre foi

Fonte de alimentação

Não dá mais para assistir

Canas da destruição.


Cerrado casa da vida

Saiba que o amamos demais

Não queremos ver a morte

Das plantas e animais

Muito menos das nascentes

E todos os minerais.


Combater seus inimigos

É dever de todo mundo

As queimadas com as secas

No seu solo tão fecundo

Mais as mãos destruidoras

Deixam um corte profundo.


Cerrado grande bioma

Com seu jeito natural

O bem que traz pra terra

Mesmo com a destruição

Conserva seu ambiental.

1


É grande diversidade

Que habita no cerrado

É bicho, planta e animal

Vivendo em perfeito estado

Vem o humano e sem dó

A cometer o seu pecado.


Cerrado bom de veredas

Onde a água refresca o chão

E a planta do buriti

Dá adeus para o sertão

E seus frutos valiosos

Alimentam o cidadão.


Sempre olharam o cerrado

Com olhos de preconceito

Ao verem as árvores tortas

Dizendo está com defeito

Na verdade, o cerrado é um

Ecossistema perfeito.


Cerrado amor de cerrado

Um patrimônio real

Está em Minas Gerais

E Distrito Federal

Mato Grosso e Goiás

Sem a ninguém fazer mal.

2


Vamos juntos sem demora

Todo cerrado proteger

Do jeito que vai a ganância

Ele é capaz de morrer

Natureza também tem

O direito de viver.


Cerrado solo fértil

De riquezas minerais

Da argila vinda do chão

A utilidade é demais

Para fazer tantos e belos

Trabalhos artesanais.


Todo bioma do cerrado

É de beleza gratificante

Olhos d’água nas veredas

Nascem a qualquer instante

A natureza que faz

Essa riqueza abundante.


Cerrado amigo do peito

Te amos de coração

Faremos uma corrente

Em busca de solução

De tirá-lo rapidamente

Da cruel degradação.

3

O cerrado resistente

Até ao fogo suporta

Depois de todo queimado

E de tanta planta morta

Vem a chuva pela terra

E transforma a cinza em horta.


Cerrado seus animais

É um sofrer de fazer dó

Não conseguindo escapar

Morrem queimados no pó

Os que conseguem correr

Batem pé no mocotó.


Bichos feitos pra voar

Voam logo ligeirinhos

Vão deixando para trás

Os filhotes em seus ninhos

Que morrem sem piedade

Os indefesos passarinhos.


Cerrado com tanto fogo

Nada vejo natural

A causa da queimação

Tem sua forma ilegal

Querem é plantar capim

Para engordar o animal.

4


Microrganismos e insetos

Com planta medicinal

Desaparecem do solo

Com o calor infernal

A paisagem ressequida

Perde todo visual.


Cerrado, na vida tudo

Tem uma razão de ser

Veja que também o fogo

Com todo seu enfurecer

Faz a semente dormida

Pela terra renascer.


Tudo está na natureza

Em perfeito movimento

Os frutos dos arvoredos

É uma espécie de alimento

Uns animais para os outros

Também servem de sustento.


Cerrado assim diz o povo:

Colhe bem quem plantou

O morto serve para o vivo

Que pela vida passou

Então deixemos tudo

Igualzinho Deus criou.

5


Vê as multinacionais

Fingem ajudar a cultura

Deixando exposta a feiura

Depois plantam eucaliptos

Criando a monocultura.


Vêm as multinacionais

Fingem ajudar a cultura

Arranca sem dó o cerrado

Deixando exposta a feiura

Depois plantam eucaliptos

Criando a monocultura.


Por onde existe o cerrado

Em áreas regionais

É grande a circulação

De espécies de animais

Por haver bastante água

E alimentos naturais.


Cerrado do entardecer

Em vermelha imensidão

Bichos de penas voando

Sobre o lar do sertão

Bichos de pelos pastando

Em tranquila lentidão.

6


Vaga-lumes com insetos

Bichos menores piando

Fogo-apagô com cigarra

Vêem a tarde se apagando

Pelo sertão do cerrado

Logo já no céu estrelado

Novas formas se formando.


E quem não sensibiliza

Ao ver a flor do cerrado

Tão pequena e tão singela

Não requer nenhum cuidado

Sem morrer é a sempre-viva

E nasce por todo lado.

7

Antonio Marcos Bandeira Mestre da Alegria, da Poesia e da Cultura Popular

  Literatura de cordel Esmeralda Costa  Mestre na sala de aula Foi na arte grande farol Professor de mil talentos Com poesia e com rol De sa...