quinta-feira, 27 de março de 2025

Super Mhario Lincoln




O Super Herói do Universo Cultural 


Literatura de Cordel 


Esmeralda Costa 


Nasceu foi em São Luís, 

Nesse meu Nordeste amado,

O filho de Flor de Lys,

Mhario Lincoln, é chamado.

É poeta e escritor

Jornalista e advogado.


No Maranhão, terra linda,

Lindo foi o seu nascer,

Alegrou a super mãe,

Seu talento a florescer.

Fez da escrita sua estrela,

Da palavra o seu poder.


Em direito e jornalismo,

Exerceu a profissão,

Na notícia e na justiça,

Mostrou voz e a paixão.

E nas linhas que ele escreve,

Mostra muita precisão.


Com arte tão magistral,

Construiu forte legado,

Poesia e prosa rica,

Cada livro celebrado.

Na cultura e na história,

Seu nome é eternizado.


Fundador da Academia,

Poética brasileira,

Ela é espaço de saber,

Poesia verdadeira.

Onde o verso é fortaleza,

E a arte se faz inteira.


Lá no Facetubes brilha,

Com saber e informação,

Fez da tela um horizonte,

Para comunicação.

Plataforma de cultura,

Encantando a multidão.


Poesia é fascinante,

Seu ofício é um primor,

Com "Vampiros de Areia"

Mostrou que é grande autor.

Sua mente visionária,

Faz da arte um esplendor.


Pelo mundo vai além,

Com a paz no coração,

Um embaixador honrado,

Nobre condecoração.

Na terra paranaense,

Segue firme na missão.


Muitas obras importantes 

Trazem a sua autoria

Em Direito e em Romance

Jornalismo e Poesia

Encontramos uma fonte 

De saber e de magia.


Com "INA - A Violação",

Foi um marco sem igual,

Que mostrou ao mundo inteiro,

O naufrágio colossal.

Foram muitos exemplares,

Com valor transcendental.


Músico e compositor,

Nos acordes deu seu tom,

Sua arte faz ecoar,

Com um precioso som

Seja em papel ou em notas,

Cada obra é grande dom.


Super Mhario é gigante,

Tem bravura em seu olhar,

Onde chega deixa marcas,

Faz cultura prosperar.

O seu nome na história,

Chegou foi para ficar!


Com capa de poesia

E espada de inspiração,

Mhario surge destemido,

Seu guia é seu coração,

Erguendo versos ao alto,

Sendo luz na escuridão.


Nos becos da ignorância,

Onde o medo quer reinar,

Ele lança seu saber,

Feito estrela a cintilar,

E escrevendo cada página

Ensina o mundo a sonhar.


Convido a conhecer "A 

Bula dos Sete Pecados"

Uma obra bem escrita,

Com poemas bem traçados,

Memórias, dores, amores,

Nela são entrelaçados.


E no reino do macabro,

Onde sombras vão surgir,

O livro "Escrito com Sangue"

Faz o medo se expandir,

Mistério e terror profundo,

Para o leitor consumir.


Nos mostrando cores vivas

E um convite pra pintar,

Os seus"Segredos Poéticos",

Mhario vem nos revelar

Com palavras tão suaves

Que nossa alma vêm tocar.


Herói dos tempos modernos

Que incentiva multidões,

Poetas, jovens e velhos,

Seguindo suas missões,

Lutam com versos e rimas,

Espalhando informações.


Assim segue Mhario Lincoln,

Com bravura e destemor,

Espalha a literatura

Com justiça e com amor,

Um herói dos novos tempos,

Nosso mestre, sonhador!


O seu caminho é de luz,

De conquistas e saber,

Cada verso, é uma herança,

Para o mundo enriquecer.

Quem conhece sua história,

Jamais irá esquecer.


Com sua mente brilhante,

Construiu sua nação,

Faz da arte sua espada,

E da paz sua missão.

É um mestre da palavra,

Gênio em comunicação.


Muitas são as honrarias,

Pois grande é o seu valor,

Um embaixador da Paz,

De respeito e esplendor.

Com justiça e com verdade,

É um grande sonhador.


Leva sempre sua terra,

Seu amado Maranhão,

Na cultura, na memória,

Dentro do seu coração.

São Luís lhe deu raízes,

Carregadas de emoção.


Assim segue Mhario Lincoln,

Com seu brilho sem igual,

Um poeta visionário,

Farol intelectual.

O seu legado infinito,

Também é universal!


Foi no dia vinte e sete,

De março que ele nasceu,

E com bênção lá do alto,

Seu destino recebeu.

Hoje aos setenta e um anos,

O seu brilho só cresceu.


Sete décadas de história,

De coragem, valentia,

Entre livros e batalhas,

Com trabalho e maestria.

Cada ano uma conquista,

Cada passo, poesia.


Hoje é sim dia de festa,

De aplausos e de emoção,

Para saudar Mhario Lincoln,

Com amor no coração.

Pois um gênio como este,

Merece exaltação!


E que venham muitos anos,

Com saúde e alegria,

Que sua pena jamais pare,

De escrever com maestria.

Pois um homem feito Mhario,

Eterno é na poesia!

domingo, 23 de março de 2025

Vila da Música - Um Sonho em Canção 

 Literatura de Cordel 

Esmeralda Costa 



https://youtu.be/Cr_6MKL74HM?si=8WNUhSAv6oWDAvx4


No pé da Serra encantada,

No meu amado Sertão, 

Nasceu um templo da Arte,

Precioso de montão. 

Falo da Vila da Música,

Feita de fé e canção.


Monsenhor Ágio, o vigário, 

Homem simples, dedicado,

Que plantou com mão bondosa,

Um futuro arretado.

No Belmonte semeou,

Um legado abençoado.


Com sanfona e violino,  

Com piano e violão,

Ensinava o manuseio,

E a tocar bela canção. 

Seu gesto tocava a alma,

E alegrava o coração.


A sua dedicação,

Fez a Vila florescer,

No compasso do carinho,

Ensinou a bem viver.

Quem ouviu seu canto doce, 

Jamais consegue esquecer.


Foi no dia onze de março,

Ano dois mil dezessete,

O sonho virou verdade,

Numa história que promete.

No Crato em Belmonte,

A esperança então reflete.


Padre Ágio em sua lida,

Regou sua plantação.

No toque dos instrumentos,

Fez soar cada lição,

E deu a Vila raíz,

Do ensino e da inclusão.


Criança, jovem, adulto,

Na Vila se pode ver,

Lá estudam os acordes,

Valorizando o aprender,

Alimentando a esperança 

E o seu sonho de vencer.


Popular ou erudita,

Erudita e popular,

Nos palcos nas oficinas,

A música vem brilhar,

E a vida de muita gente,

Ela sabe transformar.


Padre Ágio Augusto Moreira,

Foi seu grande fundador.

Equipamento do Estado,

Pioneiro e promissor.

Cultura no Cariri,

Tem equipe de valor.


Tem a Lucinha Rodrigues,

Na gestão executiva,

Também o Mano Grangeiro,

Na área administrativa.

E tem Maria Carvalho,

Coordenando a formativa.


Conta com Élvis Nazário,

Coordenando a pedagógica,

Vinícius, supervisando.

E na programação lógica,

Mônica Vitoriano,

Numa linha dialógica.


Coordenando as pesquisas,

Patrimônio cultural,

Já vem Verlucia Nogueira,

Com sua arte magistral,

Valorizando a cultura,

Que é tesouro nacional.


Indja, Renata e Rose,

Na área comunicativa.

E tem Lenilda Cabral,

Secretaria tão altiva.

Ana Maria e Taylanne,

Parte administrativa.


Tem recepcionista,

Graça Pereira ela é.

Compondo a zeladora,

Uma tríade de fé

Luciana e Francisco,

Com Raimundo, boa-fé.


Vigilância a Vila tem,

José Roberto e Fernando,

Essa dupla boa gente,

Vem só grupo auxiliando.

Também tem muitos docentes,

Na música ministrando.


Galdino, Isaac, Marcelo,

Marisa e Paulo Diniz,

Fábio e Juarez Monteiro,

Seguem essa diretriz,

Pada divulgar a música,

E fazer gente feliz.


Junto vem Thomas Ravelly,

E o Pedro Paulo também,

E com Nielson Medeiros,

Wesley Santana vem,

Para completar o time,

Leonel Frazão também.


Em dois mil e dezessete,

Começou a caminhada.

Hoje dois mil vinte e cinco,

Oito anos de jornada,

Levando em frente a missão 

Da Vila que foi fundada.


Cento e um anos o Padre,

Fundador aqui viveu,

Plantando paz e esperança,

Essa Vila floresceu,

E nos acordes da arte,

O amor, então nasceu.


Amor que enxerga o outro,

Em espírito e verdade,

Ensinando a sua arte,

Com toda veracidade,

Partilhando os seus dons,

Junto com sua humildade.


O padre Ágio foi embora,

Lá no Céu já foi morar,

Mas deixou pra nossa gente,

A esperança de sonhar,

Seu legado é um farol,

Que jamais vai apagar.


Sua memória está viva,

E o seu sonho há de crescer:

Cultura e cidadania,

Pra todo mundo aprender.

No Cariri essa força,

Alegra nosso viver.


Hoje a Vila está em festa,

Tem lançamento e Canção,

Tem livro e tem poesia,

Cultura do nosso chão,

E aqui eu trago cordel,

Que é riqueza e tradição.


Aqui ninguém fica só,

Tem ensino de verdade,

Pra quem quiser aprender,

Com amor e liberdade,

Um canto só de união,

De sonho e fraternidade.






sábado, 25 de janeiro de 2025

Mestre Lucas Evangelista

 


Autora: Esmeralda Costa 






No sertão de Crateús,

Onde o sol é caloroso,

Nasceu Lucas, violeiro,

De talento grandioso,

Foi poeta e cordelista,

Um artista primoroso.


Desde a infância ele encontrou

Nos cordeis inspiração,

Com seus pais sempre cantando

Os versos da tradição,

Assim ele criou bases

Pra sua grande missão.


Na capital Fortaleza,

Bem na Praça dos Leões,

Com folhetos, violão

Mostrou suas emoções.

Ali ganhou seu espaço,

Cantando belas canções.


E com Pedro seu irmão 

Também grande repentista,

Viajando pelo estado,

Encantando como artista 

Do interior aos estados

Ele foi  protagonista.


Publicou muitos “romances”,

Com cada história tão rica,

E centenas de folhetos

Em sua carreira fica,

Fez da vida o seu cordel

Uma canção que edifica.


Gravou muitas melodias,

Com poemas do sertão,

Discos, fitas e CDs

Levou com dedicação,

Imortalizando a arte

Fincada no coração.


Seus versos foram cantados

Por muitos que ele deu voz,

Com Frank e também Mastruz,

Ressoar foi bem feroz.

De Calango a Asa Branca,

Sua arte foi porta voz..


Luzeiro grande editora

Sua obra publicou,

Pelos cantos do Brasil

O seu verso ecoou.

Levando histórias ao povo

Sua glória se firmou.


E foi com Luzia Dias,

Violeira de talento,

Tocando várias canções,

Para o público atento,

Ouvia a voz encantada

Levando seu puro alento.


Foi artista popular,

Com cultura enraizada,

Do cordel e do repente,

A mente tão inspirada,

Elevando a nossa arte,

Para a história consagrada.


A música e poesia

Tinham todo o seu valor,

Com rimas elaboradas

Cantava sempre o amor,

Das festas às romarias,

Era vida em seu labor.


Dos folhetos lá nas feiras

À viola no terreiro,

Lucas fez da sua voz

Um legado verdadeiro,

Mostrou ao mundo o valor

De um humilde violeiro.


E não tinha uma praça

Que ele não tivesse ido,

Com seu irmão ou sozinho,

O verso nunca perdido.

Era mestre da cultura,

Sempre muito bem querido.


Nos seus temas abordava

O que o povo mais vivia,

Seja amores ou tristezas,

Com genial poesia.

Seu cordel era um espelho,

Uma bela melodia.


No improviso, repentista,

Era mestre do repente.

Inventava ali na hora

Palavras que fazem gente

Chorar ou também sorrir

Com emoção bem presente.


De Crateús ao Brasil,

Levou sempre sua essência,

Respeitado por artistas

Por sua forte influência.

Com palavras inspirou

O valor da existência.


Seu nome ecoa distante,

Onde o folheto passar,

Nas fitas, discos, CDs,

Sua obra vai brilhar.

Pois Lucas sempre viveu,

Pra cultura eternizar.


Um poeta bem gigante,

Da cultura nacional,

Que nasceu no meu Nordeste,

De raiz tradicional.

Cantou com força e beleza,

Com talento sem igual.


No sertão sua memória

Sempre viva vai estar,

Na poesia dos mestres,

Nas canções de emocionar.

Lucas é arte sublime,

Que Deus quis eternizar.


É Lucas Evangelista,

Um farol pra geração.

Deixou seu legado vivo

Na poesia do sertão.

Seu nome será lembrado

Como a voz da tradição.


Hoje é dia de saudade,

Um grande luto ficou,

De Lucas Evangelista,

O mestre que tanto honrou,

Partiu para eternidade,

Mas sua arte aqui fincou.


Um dos últimos gigantes,

De uma geração de ouro,

Que cuidou do nosso verso

Qual precioso tesouro,

Partiu deixando um legado,.

Valioso e duradouro.


Com Paulo Nunes Batista,

E Manuel D'Almeida Filho,

Dividiu a poesia,

Foi exemplo e grande brilho,

Lá na editora Luzeiro,

Onde firme foi seu trilho.


Com Minelvino Francisco,

Manoel Pereira também,

Formou a escola dourada

Que o cordel ainda tem.

Hoje perdemos mais um,

Temos coração refém.


Foi com Rodolfo Coelho,

Nem melhor e nem pior

Com Caetano Cosme, gênios

Que fizeram seu melhor.

Lucas seguiu para a pátria

Onde o verso é bem maior.


Joaquim Batista de Sena,

Francisco Sales, a lenda

Tantos nomes imortais

Nessa geração ascenda.

Lucas hoje reencontra

Na luz que a todos acenda.


Era o último dos mestres,

Dessa era tão gloriosa,

Deixou um vazio imenso

Na terra tão preciosa.

O cordel hoje lamenta

A perda tão dolorosa.


Seu repente silenciou,

Mas só no mundo mortal,

Pois no céu, com sua lira,

Versa seu canto imortal.

Deixa aqui o seu legado,

Patrimônio cultural.


Hoje chora o Ceará,

A cultura nordestina,

É saudade em Fortaleza,

Na praça, tão peregrina,

Onde Lucas declamava,

Com presença tão divina.


O sertão está mais triste,

Cordel perdeu uma voz.

Nosso Evangelista parte,

Deixando um brilho feroz.

O seu nome segue eterno

Ecoa qual porta voz.


Nos folhetos espalhados,

De cordeis pelo sertão,

Sua memória perdura

No verso, na inspiração.

Lucas vive nas palavras,

Na alma e no coração.


Mas se hoje o Nordeste chora,

É porque sabe o valor

De quem lutou pela arte,

E fez dela um esplendor.

Vá em paz, Lucas querido,

Nosso eterno trovador.



sábado, 12 de outubro de 2024

CORDEL SOBRE O CERRADO

Autor: Olegário Alfredo (Mestre Gaio) 



Vou falar sobre o cerrado

Como forma de oração

O cerrado sempre foi

Fonte de alimentação

Não dá mais para assistir

Canas da destruição.


Cerrado casa da vida

Saiba que o amamos demais

Não queremos ver a morte

Das plantas e animais

Muito menos das nascentes

E todos os minerais.


Combater seus inimigos

É dever de todo mundo

As queimadas com as secas

No seu solo tão fecundo

Mais as mãos destruidoras

Deixam um corte profundo.


Cerrado grande bioma

Com seu jeito natural

O bem que traz pra terra

Mesmo com a destruição

Conserva seu ambiental.

1


É grande diversidade

Que habita no cerrado

É bicho, planta e animal

Vivendo em perfeito estado

Vem o humano e sem dó

A cometer o seu pecado.


Cerrado bom de veredas

Onde a água refresca o chão

E a planta do buriti

Dá adeus para o sertão

E seus frutos valiosos

Alimentam o cidadão.


Sempre olharam o cerrado

Com olhos de preconceito

Ao verem as árvores tortas

Dizendo está com defeito

Na verdade, o cerrado é um

Ecossistema perfeito.


Cerrado amor de cerrado

Um patrimônio real

Está em Minas Gerais

E Distrito Federal

Mato Grosso e Goiás

Sem a ninguém fazer mal.

2


Vamos juntos sem demora

Todo cerrado proteger

Do jeito que vai a ganância

Ele é capaz de morrer

Natureza também tem

O direito de viver.


Cerrado solo fértil

De riquezas minerais

Da argila vinda do chão

A utilidade é demais

Para fazer tantos e belos

Trabalhos artesanais.


Todo bioma do cerrado

É de beleza gratificante

Olhos d’água nas veredas

Nascem a qualquer instante

A natureza que faz

Essa riqueza abundante.


Cerrado amigo do peito

Te amos de coração

Faremos uma corrente

Em busca de solução

De tirá-lo rapidamente

Da cruel degradação.

3

O cerrado resistente

Até ao fogo suporta

Depois de todo queimado

E de tanta planta morta

Vem a chuva pela terra

E transforma a cinza em horta.


Cerrado seus animais

É um sofrer de fazer dó

Não conseguindo escapar

Morrem queimados no pó

Os que conseguem correr

Batem pé no mocotó.


Bichos feitos pra voar

Voam logo ligeirinhos

Vão deixando para trás

Os filhotes em seus ninhos

Que morrem sem piedade

Os indefesos passarinhos.


Cerrado com tanto fogo

Nada vejo natural

A causa da queimação

Tem sua forma ilegal

Querem é plantar capim

Para engordar o animal.

4


Microrganismos e insetos

Com planta medicinal

Desaparecem do solo

Com o calor infernal

A paisagem ressequida

Perde todo visual.


Cerrado, na vida tudo

Tem uma razão de ser

Veja que também o fogo

Com todo seu enfurecer

Faz a semente dormida

Pela terra renascer.


Tudo está na natureza

Em perfeito movimento

Os frutos dos arvoredos

É uma espécie de alimento

Uns animais para os outros

Também servem de sustento.


Cerrado assim diz o povo:

Colhe bem quem plantou

O morto serve para o vivo

Que pela vida passou

Então deixemos tudo

Igualzinho Deus criou.

5


Vê as multinacionais

Fingem ajudar a cultura

Deixando exposta a feiura

Depois plantam eucaliptos

Criando a monocultura.


Vêm as multinacionais

Fingem ajudar a cultura

Arranca sem dó o cerrado

Deixando exposta a feiura

Depois plantam eucaliptos

Criando a monocultura.


Por onde existe o cerrado

Em áreas regionais

É grande a circulação

De espécies de animais

Por haver bastante água

E alimentos naturais.


Cerrado do entardecer

Em vermelha imensidão

Bichos de penas voando

Sobre o lar do sertão

Bichos de pelos pastando

Em tranquila lentidão.

6


Vaga-lumes com insetos

Bichos menores piando

Fogo-apagô com cigarra

Vêem a tarde se apagando

Pelo sertão do cerrado

Logo já no céu estrelado

Novas formas se formando.


E quem não sensibiliza

Ao ver a flor do cerrado

Tão pequena e tão singela

Não requer nenhum cuidado

Sem morrer é a sempre-viva

E nasce por todo lado.

7

sábado, 7 de setembro de 2024

O Paroquiato de Campos Sales - 80 anos de história

 Literatura de Cordel 


Autora: Esmeralda Costa 








Foi em mil e novecentos

Quarenta e quatro o ano

Não podemos esquecer 

O dia tão soberano

Aos vinte de fevereiro

Chegou pároco primeiro

No sertão interiorano. 


Foi o padre Baldomírio 

O padre designado

Era um neo-sacerdote

De Maria devotado

Trabalho vasto a enfrentar

Da Paróquia ao começar

Contou com o Apostolado. 



Era só um pequeno grupo

Apostolado da oração

Mas um grupo bem fiel

Cheio de dedicação

Trabalho se descortina

Nesta terra nordestina

Começou a plantação.


Plantação e implantação

Nesta terra semeada

Muitos frutos produziu

A colheita revelada

Com a evangelização

Surgiu muita vocação

Para a vida consagrada.


Muitas eram catequistas

Outras filhas de Maria

Pra várias congregações

O padre, jovens envia

No trabalho paroquial

Pra a vida sacerdotal

Vocação também surgia. 


Ajudou irmã Rosália

Este Padre seu irmão

Mulher forte dedicada

Consagrada na missão

Pai Francisco pra lembrar

Mãe Teresa pra exaltar

A santa de devoção.


Irmã Rosália escreveu

Obra de muito valor

É sobre o paroquiato

Um livro revelador

Paróquia em evolução

Sacerdotes na missão

Com amor desbravador.


O padre José Adauto

Um filho deste sertão

Semente do pastoreio

Dessa evangelização

Irmão de Dona Carmela

Mulher forte que desvela

Apostolado e oração.


No sertão de Campos Sales

A paróquia foi gerada

Com o padre Baldomírio

Anos e alma dedicada

Foi vinte o paroquiato

Cinquenta e dois celibato

E uma vida bem regrada.


Depois dele outro pároco

Nesta Paróquia chegou

Foi Padre Newton Holanda

Que o bispo nomeou

A missão sacerdotal

No trabalho paroquial

Treze anos aqui durou.


Bispo ele foi nomeado

Pra lhe substituir

Veio o Padre Vicente

Logo teve que partir

Para abraçar outra missão

Sua evangelização

Em outra paróquia a servir.


Vem José Ferreira Nobre

Novo pároco nomeado

Tão cheio de entusiasmo

No servir tão dedicado

Homem repleto de fé

Fiel como São José

De Maria é devotado.


Por aqui o padre Nobre

Teve rápida passagem

Saudosa e inesquecível

Sua piedade e coragem

Deste jovem sacerdote

Foi a fé seu grande dote

E hoje temos sua imagem.


Busto erguido em linda praça

Bem ao lado da Matriz

Os fiéis lhe pedem graças

E a intercessão feliz

Pra serem abençoados

Doentes serem curados

Esse povo a Deus bendiz. 


Bem depois do padre Nobre

Outro pastor exemplar

Padre Manuel Pereira

Um servo a se destacar

Por sua simplicidade

E também pela humildade

Que soube administrar.


Da cidade de Aurora

Outro padre dedicado

Assumiu esta paróquia

Com amor tão renovado

É José Wilton Leite

Que na fé tem seu deleite

Sacerdote devotado.


Paróquia em Farias Brito

Deixou bem alicerçada

E veio pra Campos Sales

Paróquia foi reforçada

Reforçada pela fé

De outro fiel José

De alma tão dedicada.



Durante os oitenta anos

Da Paróquia na missão

Muitos nomes já passaram

E outros ativos estão

Cada nome a ser lembrado

Como as Servas do Sagrado

Do Sagrado Coração. 


Padre Wilton na Itália

Inspiração recebeu

Conversa com Caterina

Volpicelli aconteceu

Fez sua prece que encanta

Diante da Madre Santa

E a missão logo acresceu.


A missão de vir fundar

Na mesma congregação

Para o ramo masculino

Surgiu muita vocação

Na casa paroquial

Trabalho espiritual

Com estudo e oração.

No trabalho dedicado

Seminário então nasceu

Ajudando as vocações

Muitos jovens recebeu

Hoje novos sacerdotes

Dotados de grandes dotes

A missão logo envolveu.


Cuidando dessa missão

Está o padre fundador

Também Padre Zé Adauto

Servo de muito valor

A paróquia dedicado

O vigário renomado

Do Evangelho é pregador.


José Adauto de Alencar

É o pároco atual

Dedicado por demais

No servir paroquial

Seu exemplo de humildade

Praticando e de verdade

Amor tão celestial.



Na Diocese do Crato

A paróquia é situada

Tem o Bispo Diocesano

Presença bem confirmada

No serviço pastoral

Pastoreio é sem igual

E a Palavra anunciada.


Palavra que se fez carne

Habitando entre nós

Para revelar a todos

Que nunca estamos sós

Jesus Cristo está convosco

Pai Celeste estais conosco

Pois confiamos em Vós.


Paróquia de Campos Sales

Muitos nomes pra lembrar

Mas minha memória falha

Não se atreve a citar

Tenho medo de esquecer

Lado humano faz prever

É melhor não arriscar.

Misturo nossa cultura 

Com religiosidade

Pra versar neste cordel

Com toda veracidade

A história paroquial

Declamo em tempo real

E proclamo esta verdade.


Hoje são oitenta anos

Oitenta anos de história

Sacerdotes vão pregando

Para Deus a honra e glória

Gloriosa Mãe da Penha

Sua intercessão nos venha

E abençoe a trajetória.




Super Mhario Lincoln

O Super Herói do Universo Cultural  Literatura de Cordel  Esmeralda Costa  Nasceu foi em São Luís,  Nesse meu Nordeste amado, O filho de Flo...