sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Poesia, Dom Divino em Meu Viver

 



Esmeralda Costa 


Poesia é dom divino,

Que nasceu pra iluminar,

É perfume de saudade,

É canção para escutar,

É ternura em cada verso,

Que convida para amar.


Ela chega de mansinho,

Feito brisa em calmaria,

E desperta no silêncio

Qual milagre de alegria,

Traduzindo o que é sentir,

Transformando em melodia.


Poesia, ar que respiro,

Ar que quero respirar,

Quando falo, me sustento,

Nela encontro o meu cantar,

Meu suspiro ganha vida,

Quando começo a rimar.


Poesia é voz da alma,

Sussurrando ao coração,

Tem doçura que consola,

Traz encanto e emoção,

É remédio para a dor,

Luz em meio à escuridão.


Nos caminhos da palavra,

Eu encontro companhia,

Cada verso é um abraço,

Que conforta e contagia,

É milagre disfarçado

De ternura e poesia.


Viajar por mil estradas,

Com desejo e confiança,

Descobrir novos caminhos,

Com verdades e esperança,

A poesia me conduz,

Nos caminhos da bonança.


É semente que germina

No terreno da emoção,

Brota fé, amor e vida

Dentro do meu coração,

E se espalha feito luz

Na mais pura inspiração.


Em palavras tão singelas,

Ela brilha e se revela,

É um dom que vem do céu,

É a luz mais pura e bela,

Traz conforto e fé na vida,

Feito rima, tão singela.


Poesia é alimento,

Fé, quietação e calor,

É caminho, é sentimento,

É saudade e é louvor,

Quem a sente dentro d’alma,

Sente o dom do Criador.


Assim sigo poetando,

Tudo que minh’alma atesta,

Cada verso é uma prece

Que no coração se gesta,

Pois quem vive a poesia,

Faz do amor intensa festa.


Poesia é chama viva,

Que ilumina o coração,

É abrigo do aflito,

É consolo e oração,

Tem sabor de eternidade,

E um toque de gratidão.


É ternura que desperta,

O olhar para o infinito,

É saudade que se acalma,

No silêncio mais bonito,

É a voz do pensamento,

Em seu tom manso e bendito.


É menina sonhadora,

Que no tempo vai brincar,

Colorindo a madrugada,

Com estrelas a brilhar,

Feito chuva que acarinha

Cada flor do meu lugar.


É a ponte entre dois mundos,

Realidade e ficção,

Une o sonho e a lembrança,

Na mais completa emoção,

É o eco da esperança

Que floresce em cada mão.


Poesia é força mansa,

Que nos faz acreditar,

Mesmo quando a dor insiste,

Ela vem nos acalmar,

E na lágrima caída,

Faz um verso cintilar.


No papel ou na lembrança,

Ela mora e faz morada,

Feito amor que não se cansa,

De chegar na madrugada,

E no peito de quem sente,

Nunca é voz abandonada.


É ternura que embala

O sonhar do coração,

É saudade que consola,

Quando vem a solidão,

É jardim que se refaz

Primavera da canção.


Poesia é sentimento

Que não cabe explicação,

É o sopro do divino

Transformado em criação,

É o toque da esperança

Caneta de inspiração.


Ela canta o que é belo,

Mas também o que é dor,

Faz da vida um enredo

De coragem e de amor,

E no verso deixa traço

De um eterno sonhador.


É a estrela que não morre,

Mesmo em noite tão escura,

É consolo do aflito,

É remédio, é doçura,

É farol que guia a alma

Pelos mares da ternura.


É saudade que sorri,

Mesmo em pranto e despedida,

É canção que não se apaga,

Mesmo após a voz contida,

Pois no peito do poeta

Nunca morre a própria vida.


Cada verso é um alento,

Cada rima é oração,

É a fé que se faz canto

Dentro do meu coração,

Pois quem nasce pra versar

Já carrega essa missão.


E assim sigo o meu caminho,

Entre sonhos e lembrança,

Com a pena e com o tempo,

Vou bordando a esperança,

Pois viver é poesia

Um poema de mudança.


Poesia é minha guia,

Minha estrada, meu luar,

É o vento que me inspira,

Quando quero descansar,

É abrigo e é refúgio,

Onde a alma vai morar.


Nela encontro o infinito,

O começo e o final,

É espelho do divino,

Com encanto universal,

É sorriso e é consolo,

Remédio espiritual.


É por ela que respiro,

Que levanto e que confio,

Mesmo quando o mundo é árido,

Ela é fonte, é o meu rio,

Que renova em cada verso

O meu sonho, o meu estio.


E se um dia o tempo ousar

Levar todo o meu sofrer,

Que me reste a poesia,

Pois com ela vou viver,

Entre rimas e esperanças,

Aprendendo a renascer.


E assim findo esta jornada,

Com ternura e emoção,

Agradeço ao Criador

Por me dar inspiração,

Pois quem vive a poesia,

Vive em plena comunhão.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Ao Querido Professor 

 


Literatura de Cordel 


Esmeralda Costa



Com respeito e emoção,

Eu começo esta homenagem,

Ao mestre que nos conduz,

Na estrada da aprendizagem,

Que ensina com paciência,

Faz da vida uma viagem.


Professor é mensageiro,

Da luz que a mente clareia,

Faz do saber um jardim,

Que o tempo todo semeia,

Ele planta em cada aluno,

A fé que o mundo permeia.


Já desde o berço da história,

Seu ofício é nobre e santo,

Fez do giz a sua espada,

Da lousa um eterno manto,

E da escola fez morada,

Pra ensinar amor e encanto.


Com esforço e vocação,

Sustenta a sabedoria,

Lapidando alma e razão,

Com garra e com maestria,

É mestre e também artista,

No palco da academia.


Nem sempre é valorizado,

Mas nunca perde a esperança,

Segue firme na missão,

Cultivando a confiança,

Pois sabe que seu trabalho,

Constrói sonhos e bonança.


Ensina o valor da vida,

Da justiça e da verdade,

Mostra o peso da mentira,

E a força da liberdade,

Forma o ser para o futuro,

Com fé, com dignidade.


No suor do seu ofício,

Há renúncia e há paixão,

Cada aula é um pedaço,

Do seu nobre coração,

Que se doa inteiramente,

Sem buscar compensação.


Professor semeador,

De virtudes e bondade,

Que cultiva em cada aluno,

Uma flor de humanidade,

E faz do saber um rio,

Que leva paz e amizade.


Foi no século passado,

Que a data se originou,

Em terra Catarinense,

Um marco então se firmou,

Lei estadual primeira,

Que Antonieta criou.


Antonieta de Barros,

Mulher negra, destemida,

Professora e jornalista,

De coragem bem provida,

Fez da palavra um clarão,

Que iluminou nossa vida.


A primeira negra eleita,

Deputada no Brasil,

Ergueu a voz firme e doce,

Com saber forte e sutil,

Defendeu a educação,

Como valor tão varonil.


Mil novecentos e oito,

Santa Catarina então,

Projeto foi sancionado,

Com orgulho e gratidão,

E foi José Boabaid,

Que assinou de coração.


Assim no quinze de outubro,

O feito se consagrou,

E só quinze anos mais tarde,

Brasil inteiro abraçou,

Quando João Goulart, o chefe,

A lei federal firmou.


A data homenageou,

Forte decreto de outrora,

Quando o imperador criou,

Grandes escolas da aurora,

Foi em mil e oitocentos  

Vinte e sete sem demora.


Antonieta afirmava,

Com toda convicção:

Não há quem não reconheça,

Luz da civilização,

O inestimável serviço,

Do mestre na educação.



As palavras ecoaram,

Com força e sabedoria,

Fez-se eterna sua voz,

De luta e de poesia,

Que exaltou o professor,

Com verdade e ousadia.


Esse mestre é quem prepara

Para as demais profissões,

É dele que nasce o médico,

O juiz, os campeões,

Pois sem o dom de ensinar,

Não há realizações.


É farol que nunca apaga,

Mesmo em noite escurecida,

Transforma dor em lição,

E queda em nova subida,

É ponte que liga sonhos,

Ao porto da própria vida.


Com o livro e o caderno,

Faz revolução serena,

Vence o medo e a ignorância,

Com a palavra tão plena,

Que esse mundo só progride,

Por ter professor na cena.


No olhos de um estudante,

Tem traços do seu amor,

Cada sorriso que nasce,

Motiva o bom professor,

Que ensinou com paciência,

O sentido do valor.


Ser mestre é ser jardineiro,

De mentes em flor se abrindo,

É ver brotar no futuro,

O saber se expandindo,

E sentir no coração,

O tempo novo sorrindo.


Por isso, neste cordel,

Deixo singela homenagem,

Ao mestre de todo dia,

Que cumpre a nobre mensagem,

De transformar cada mente,

Num farol de aprendizagem.


Que o Brasil  o reconheça,

Com respeito e com amor,

Que o futuro desta pátria,

Depende do professor,

Que ensina e também liberta,

Com saber libertador.


E que Antonieta inspire,

Cada sala e coração,

Sua luta ecoa viva,

Na firme e eterna lição,

De que ensinar é plantar,

Esperança em cada ação.

domingo, 10 de agosto de 2025

Bendito Seja o Papai

 

Esmeralda Costa 




Seja bendito o papai,

Que chama o filho pra vida,

Que cuida e dá proteção,

Com ternura garantida,

Ele sempre sabe dar

Sua presença querida.


O papai afetuoso,

Com o filho sabe brincar,

Escuta com atenção,

Sempre pronto a conversar,

Mesmo chegando cansado,

Não deixa de se importar.


Que deixa o jogo de lado,

Para dar sua atenção,

Passando paz e carinho,

Todo amor do coração,

Ensinando que na vida

Precisa ter união.


Que sabe sorrir contente,

Mas também sabe ensinar,

E num abraço apertado

Consegue sempre mostrar

Que o amor é  grande força

Que faz a gente lutar.


Ensina o filho a ser justo,

A ter fé no Criador,

A respeitar cada amigo,

E a viver com mais valor,

Ajudando os semelhantes

Sempre com zelo e amor.


Mostra o caminho correto,

Não incentiva a mentira,

Ensina que a vida exige

Trabalho, fé, força e mira,

Que o estudo é um tesouro

E a bondade nos inspira.


Com sua mão protetora,

Afasta todo o perigo,

Mostrando que um pai é mais

Que um guardião, é amigo,

É  farol na tempestade

Que guia o filho consigo.


É mestre da paciência,

Sabe esperar o momento,

Não julga sem escutar

E fala com fundamento,

Já mostrando que o diálogo

Sempre traz bom rendimento.


O pai que é trabalhador

Mostra o valor da batalha,

Que o suor que cai na roça

Ou no chão de uma fornalha

Vale mais que ouro e prata,

Pois é honra que não falha.


Seja bendito o papai

Que com amor verdadeiro

Veste sim, capa de herói

Mostrando o valor primeiro,

Pois o bem que ele semeia

Faz do filho um cavalheiro.


Bendito seja o papai

Que ajuda o filho a crescer,

A lutar por seus sonhos

Buscando sempre aprender,

Que a vitória se conquista

Com coragem de vencer.


terça-feira, 5 de agosto de 2025

Volta às Aulas

 Esmeralda Costa 





Voltam os livros, os cadernos,

A mochila e o alvoroço,

Tempo de recomeçar,

Com coragem e com esforço.

Quem planta saber na vida,

Tem bom futuro seu moço.


O pátio sorri em festa,

A lousa já tá brilhando,

O lápis dança no estojo,

E o giz vai se preparando.

O saber bate na porta,

E o aluno vem chegando.


Tem dúvida, tem tropeço,

Mas também superação.

Quem tenta e sempre persiste,

Constrói sua evolução.

A escola é chão de sementes

Pra quem sonha e tem ação. 

.

Tem amigo, tem afeto,

Tem partilha e emoção,

Tem os mestres que inspiram,

Com sua arte e vocação.

Tem história pra ser feita

Com garra e dedicação.


A cada aula vivida,

Um novo passo é traçado.

Aprender é liberdade,

É destino iluminado.

A escola é grande incentivo 

Pro futuro desejado.


Então, vamos sem demora,

Rumo a mais um bom começo.

Com respeito e com vontade,

Com coragem e com apreço.

Estudar é plantar vida

Tenha então, bom recomeço!!


Esmeralda Costa

sábado, 21 de junho de 2025

Antonio Marcos Bandeira Mestre da Alegria, da Poesia e da Cultura Popular

 




Literatura de cordel

Esmeralda Costa 


Mestre na sala de aula

Foi na arte grande farol

Professor de mil talentos

Com poesia e com rol

De saberes populares

Passou por muitos lugares

Encantou feito arrebol.


Ao lado da sua amada

Lourdinha, parceira e flor

Juntos fizeram caminhos

De cultura e de amor

Antologias em mão

Revelando a união

Em versos de muito ardor.


Na feira e na Bienal

De palhaço ele surgiu

Entre risos e poemas

Com ternura ele sorriu

Nas escolas, no teatro

Fez do riso um grande trato

E o povo todo aplaudiu.


No jornal Vida Brasil

Sua voz atravessou

Do Ceará para o mundo

O seu legado ecoou

Na Suíça fez morada

A cultura tão amada

Que ao cordel tanto honrou.


Com Patativa no peito

Fez da luta uma missão

Do Jangurussú cantou

Com denúncia e emoção

Artista batalhador

Deu sua voz, seu amor

Com toda dedicação.


Foi palhaço, foi amigo

Sempre soube acolher

Fez do riso resistência

Do sofrer, um renascer

Na poesia, um alento

Transformou o sofrimento

Em motivo pra viver.


No Congresso e na Feira

Seu talento reluziu

Entre autores e leitores

Com coragem, ele riu

Fez da cena um manifesto

Do sorriso, mais modesto

De quem nunca desistiu.


Foi na sua amada terra

Que ouviu o trabalhador

Catadores, toda gente

De um destino sofredor

Deu ao povo uma esperança

Com a força da lembrança

E com versos de valor.


Foi bandeira levantada

Pra cultura e pro saber

Levou livros, fez encontros

Ensinando a florescer

Cada sonho reprimido

Cada rima com sentido

Pra quem quisesse aprender.


Quem com ele conviveu

Sabe bem o que é paixão

Por um livro, uma criança

Ou pela arte em profissão

Com seu jeito tão humano

Deixou rastro soberano

De ternura e gratidão.


Desde cedo foi assim

Menino de olhar atento

Brincadeira e poesia

Misturando o sentimento

No quintal, versos nasciam

E as palavras se uniam

Feito riso e pensamento.


Na ACLC guerreiro

Sempre pronto pra lutar

Defendendo o cordelista

E o direito de sonhar

Com colegas, com irmãos

Teceu laços, deu às mãos 

Fez do verso o seu lugar. 


Aos poetas mais recentes

Deu espaço e proteção

A sua mão estendeu

Fez convite e inclusão

Cada jovem que chegava

Com ternura ele abraçava

Feito um mestre na missão.


Com Abelardo e amigos

Hoje habita outro lugar

Mas aqui ficou a herança

Da cultura popular

No sarau e na calçada

Sua história é celebrada

Feito luz a cintilar.


A sua ausência é saudade

Mas também inspiração

Pois Bandeira, com seu riso

Transformou cada estação

No festivo  mês de junho

O cordel dá testemunho 

E lhe rende exaltação.


Hoje a classe dos poetas

Se reúne em oração

Cada um com sua pena

Derramando a emoção

Nos cordéis e nas memórias

Vão ficando suas glórias

Seu legado e paixão.


Lá no céu, entre os amigos

Tem festa e tem poesia

De palhaço e de poeta

Com risada que irradia

Ao lado de Patativa

A voz permanece viva

Ecoando em melodia.


Nas escolas e nas feiras

Nas praças, no coração

Marcos segue em cada verso

Em cada declamação

Na criança que sorria

Na plateia que aplaudia

Fica a sua devoção.


Sua Lurdinha querida

Sabe o bem que ele lhe fez

Foi parceiro, foi amparo

Foi sorriso e altivez

E  mesmo ele estando ausente

Viverá eternamente

Em cada rima outra vez.


Por isso, a nossa bandeira

De saudade vai tremendo

No alto da poesia

Seu nome vai florescendo

Pois poeta verdadeiro

Não se apaga, é mensageiro

De um amor que vai crescendo.


Nos encontros literários

Sua voz sempre ecoou

Na ciranda dos poetas

Com firmeza ele ficou

Foi sorriso, foi alento

Foi palavra, foi talento

Que a cultura levantou.


Cada história que contava

Tinha um traço de ternura

Se era riso, era profundo

Se era dor, era bravura

Transformou seu dia a dia

Em versos com harmonia

Em defesa da cultura.


Desde a infância esse menino

Quis o mundo a colorir

Com papel, com poesia

Começou a construir

Esse dom de ser artista

Humanista e cordelista 

Ensinando a repartir.


Nas ruas de Fortaleza

Fez amigos, fez canções

Distribuiu alegria

Nos encontros, reuniões

Fez do abraço uma ponte

De esperança um horizonte

Conquistando corações.


O palhaço que vestia

Era mais que figurino

Era um gesto de cuidado

Ao adulto e ao menino

E por trás da maquiagem

Tinha amor, tinha coragem

De enfrentar qualquer destino.


Cadeira número seis

Deixou marcas de valor

Com o nome de Bandeira

E com o brilho do amor

Seu patrono lá no céu

Já foi tirando o chapéu 

Pra acolher seu seguidor.


A cultura brasileira 

Foi seu norte, seu lugar

Resgatando tradições

Que o tempo quis apagar

E deu voz aos esquecidos

Deu espaço aos excluídos

Fez do povo o seu cantar.


Em cada manhãs de sol

Também nas tardes de inverno

Seu olhar tinha um brilho

De ternura tão eterno

Quem ouviu sua poesia

Leva a doce companhia

De um legado tão fraterno. 


Lá nas feiras e nos palcos

Onde o riso florescia

Marcos foi aquele mestre

Que o povo todo queria

Com seu jeito tão singelo

Fez do mundo um grande elo

De cultura e de alegria.


A palavra em sua boca

Era fonte de bonança

Quando via um coração

Sofrendo sem confiança

Ele vinha com sorriso

Com um verso tão preciso

Reforçando a esperança.


Na memória dos amigos

Seu afeto vai morar

Cada um leva um pedaço

Do que ele soube doar

Foi presença iluminada

Foi partida inesperada

Que no Céu foi habitar.


E assim o nome Bandeira

Segue firme a tremular

Em estrofes, em projetos

Que ele soube alimentar

Na ACLC, nas calçadas

Nas escolas, nas jornadas

Seu legado vai ficar.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Feira Livre em Campos Sales

  


Autora: Esmeralda Costa 





A feira de Campos Sales 

Destaque na região 

Tem muita atratividade 

É convite pro povão

Seja comprando ou vendendo 

Faz a festa o cidadão.


Era na segunda feira 

Seu dia particular 

Mas hoje, todos os dias

Podemos observar 

Tem nas bancas dos feirantes 

Tudo que se imaginar. 


Ainda existe o grande dia

A nossa segunda feira 

É dia de reencontros

Da gente conversadeira

Promovem altas risadas

Diversão é de primeira. 


Nossa feira é patrimônio 

É riqueza cultural 

Aqui se vende de tudo 

Mercadoria em geral

Nas bancas se podem ver

O artesanato local. 


A sua atratividade 

Atrai toda região 

De Piauí e Pernambuco 

Vem feirantes de montão 

Trazendo mercadorias

Chega muito caminhão. 


A feira se fortalece

Vai crescendo cada dia

Vínculos comerciais

Se reforçam na alegria 

Vendedor e comprador 

Pra toda mercadoria. 


Feira bem organizada 

Que chama nossa atenção 

Tem a feira da farinha 

Da fruta e também feijão 

Mas é a feira da troca

A alegria do povão. 


Tem gente que vai a feira

Apenas por diversão 

Mas tem quem vai procurar 

Suprir uma precisão 

Seja comprando verduras

Carne e também macarrão. 


Nossa feira tem aqueles 

Que vão apenas olhar

Observam movimento 

Mesmo sem querer comprar 

Mas também tem muita gente 

Procurando pechinchar. 


Freguês e comerciante

Nutrem boa relação 

Isso reforça os laços 

E sustenta a tradição 

De comprar sempre na banca

De quem sabe ser irmão. 


Quem na feira nunca foi

Procurar uma amizade 

Estreitando grandes laços 

De muita afetividade 

Ou rever sua paixão 

Pra matar toda saudade. 


Há quem vá toda semana

Feito um cliente fiel

Tomar um caldo de cana

Ou comer um bom pastel

Pra cumprir a tradição 

E provar da feira o mel. 


Todos nós temos história

E guardamos na lembrança 

Um dia de feira livre

Quando a gente era criança 

Nos compravam picolés

Nos enchiam de esperança. 


Nossa feira é democrática 

Tem grandes comerciantes

Mas também estão presentes 

Nossos pequenos feirantes

Tem muitos transportadores

E também os ambulantes. 


A feira é valorizada

Tem divulgação aqui

Quem faz toda cobertura 

É o nosso amigo Ely

Que nos traz informação 

No Portal do Cariri. 


As frutas e as verduras

Produtos especiais 

Encontramos nessa feira 

Os produtos naturais

Tem homens que vêm de longe

Pra vender seus animais. 


Pense numa feira grande 

Que envolve toda cidade 

Pelo centro e pelos bairros 

Tem muita felicidade 

O povo que negocia

Cria laços de amizade. 


Pra refrescar o calor

Sorvete ou suco gelado

E para matar a fome

Tem bolo doce e salgado 

Rapadura e o bom café 

Nessa feira é encontrado. 


Feira livre em Campos Sales 

Tem tudo que procurar

Desde roupas a calçados

Para quem queira comprar 

Cinto, relógio e chapéu 

Acessórios para usar.


Uma das melhores feiras 

De toda essa região 

Tem couro em artesanato 

Pra uso e decoração 

Carteiras, bolsas, sandálias

Perneiras, também gibão. 


O chapéu de couro tem

Pro vaqueiro nordestino

E um feirante esperançoso 

Que não teme um desatino

E intercede a Deus do Céu 

Pra cuidar do seu destino. 


Pro amigo agricultor

Tem foice e também enxada

E tem sempre algum bazar

Com precinho camarada

Onde vendem uns brinquedos 

Também vendem roupa usada. 


É do povo e para o povo

A feira deste lugar

Onde novos e usados

Nós podemos encontrar

Muitas coisas coloridas

Para a gente apreciar. 


Tem muita coisa bonita 

Que faz gosto até de ver

Vendedor num grita e chama

Animado pra vender

Quem não conhece esta feira 

Chegue cá pra conhecer. 





sábado, 19 de abril de 2025

 O Silêncio do Sábado Santo e a Vitória do Rei Adormecido


Inspirado em antigo sermão do Sábado de Aleluia



Literatura de Cordel 


Pedro Sampaio e Esmeralda Costa 


Um silêncio tão profundo

Reina em toda criação,

Porque dorme o Rei do mundo

Após dura provação.

Morreu Deus em corpo humano

Pra nos dar a salvação.


Toda a terra estremeceu

Com tristeza e solidão,

O Filho do nosso Deus

Desceu à escuridão.

Adormeceu no sepulcro

Para acordar cada irmão.


Foi buscar Adão cativo,

Nossa ovelha desgarrada,

Que entre sombras, sem alívio,

Jazia ali sem mais nada.

Foi levar a luz divina

A quem jaz na madrugada.


Ele entrou com cruz na mão,

Arma tão vitoriosa,

Trouxe vida e redenção

Sua entrada gloriosa.

Adão, vendo tal presença,

Disse: — "É luz tão poderosa!"


Cristo então lhe respondeu

Com ternura e com ardor:

— "Eu estou contigo, és meu

E te dou novo esplendor.

Levanta, meu filho amado,

Sou teu Deus e Salvador".


Sou Filho de Deus Amor

Foi por ti que me entreguei.

Erguei-vos, ó pecadores,

Que aos mortos despertarei.

Saí das sombras da morte,

Pois a vida vos darei!"


"Obra de minhas mãos, vem!

Foste à minha semelhança,

Eu jamais te fiz refém

Da morte e desesperança.

Minha imagem te criei

Renova a tua esperança!"


"Fui por ti crucificado,

Sem nenhuma compaixão,

Por ti eu fui açoitado,

Recebi condenação.

Toda dor eu suportei,

Pra te dar ressurreição."


"Veja as marcas que carrego

Em cada mão estendida.

Pelas minhas santas chagas

Recebeste nova vida.

O meu corpo foi ferido

Pra curar tua ferida."


"Quem morreu na cruz fui eu

Pra acordar teu coração.

Nasceu do meu lado aberto

A tua libertação,

Foi o Pai que me enviou,

Para tua redenção. 


"Levanta, filho bendito,

Sai do cárcere de dor,

No Céu minha Mãe te espera

Pro banquete do Senhor.

E os anjos também esperam

Com louvor e com amor."


"O inimigo te expulsou

Do jardim e da beleza,

Mas eu já te preparei

O trono da realeza.

No lugar da árvore antiga,

Dou-te o fruto da firmeza."


"O Céu está preparado,

Todo festim já foi posto,

O banquete já te espera

Com alegria e bom gosto.

Desde toda eternidade

Este Reino é o teu posto."


:"Já não há mais véu no templo,

Nem silêncio sem razão.

Sou do amor o bem maior

Te estendendo a redenção.

Vem comigo e não temais,

Tens em mim libertação."


"Teus pecados carreguei,

O teu fardo eu assumi,

Por ti me entreguei na cruz,

E a cruel morte venci.

Hoje, da mansão sombria,

Para a luz te conduzí."


"Chamei Eva com carinho,

Dei-lhe veste e novo lar,

Sou caminho, sou Verdade

E Vida pra transformar.

O jardim agora é Céu,

Onde vão comigo estar."


"O que antes já foi perdido,

Hoje é graça a transbordar.

Se antes estava ofuscado,

Vive em eterno brilhar.

Pois a morte já morreu

E a vida veio reinar."


"Minha cruz foi tua ponte

Para aos Céus, então  chegar,

Eu subi o último monte

Pra contigo me encontrar.

Tua dor é minha dor,

Mas vim pra te libertar."


"A tua alma se encontrava

Sem consolo ou direção,

Hoje em mim ela se encontra

E recebe compaixão.

Sou o Deus que te procura,

Sou tua ressurreição.”


"Não vim para te julgar,

Nem cobrar tua fraqueza,

Mas tornar santificado

Teu caminho, com leveza.

E vencendo até a morte,

Conduzo pra realeza."


"Todos os que se encontravam,

Nos sepulcros esquecidos ,

Recebidos foram logo,

Por meu gesto, comovidos.

Abatidos levantei,

Eu reanimei feridos."


"A prisão foi derrubada,

Caiu por terra o portão.

A alma que estava abatida

Sentiu nova pulsação.

Porque Eu sou a Passagem

Para a eterna salvação."


"Rompí  as cadeias velhas

Que mantinham oprimido.

Soprei vida nas centelhas

De um amor nunca vencido.

Meu espírito te envolve,

Te conduz e dá abrigo."


Hoje a cruz já não é dor,

É sinal de eterno bem.

O Senhor venceu a morte,

Trazendo a paz que convém

Ao que busca nova vida,

Com amor e fé também.


Na alvorada que se avista,

Raiará libertação.

Sâo nutridos de esperança

Corações em oração.

Pois a morte é só um passo

Para entrar na redenção.


Ergue a fronte, ó criatura,

Filho amado do Senhor!

Já não há mais noite escura,

Nem lugar para o temor.

O sepulcro está vazio,

Ressurgiu o Salvador!


Ressurgiu para elevar

Ao destino sem igual.

Fez da cruz ponte e estandarte

Do milagre universal.

Da derrota fez vitória,

Da vergonha, um bem real.


Hoje o céu canta alegria,

E a terra vai festejar.

Pois chegou a luz do dia

Que vem tudo transformar.

Jesus Cristo, Rei da vida,

Veio o mundo resgatar!


Nosso cordel seja canto

De amor e gratidão.

Pra quem crê em Jesus Cristo 

Com ternura e devoção,

Pois o Rei ressuscitado

Mora em nosso coração!






Poesia, Dom Divino em Meu Viver

  Esmeralda Costa  Poesia é dom divino, Que nasceu pra iluminar, É perfume de saudade, É canção para escutar, É ternura em cada verso, Que c...